Introdução
Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, ou seja, precisam invadir uma célula viva para se reproduzirem, visto que não possuem metabolismo próprio. O termo vírus normalmente se refere àqueles que infectam células eucariotas, enquanto os que infectam células procariotas são denominados bacteriófagos.
Estrutura dos vírus
São acelulares, constituídos de um exterior proteico (capsídio) e material genético (DNA, RNA ou ambos). As proteínas que envolvem o vírus são específicas de cada variação, sendo essa variabilidade de proteínas que permite a cada vírus acesso à um tipo de célula diferente, e, consequentemente, responsável pelo leque de doenças virais que atingem organismos vivos. O conjunto capsídeo+ácido nucleico é chamado nucleocapsídio.
Alguns vírus também são formados por lipídeos derivados da membrana plasmática da célula hospedeira, criando um "envelope" em torno da estrutura proteica. Estes vírus são chamados envelopados.
Principais doenças virais
AIDS
A AIDS (ou síndrome da imunodeficiência adquirida) é causada por um vírus de RNA chamado HIV, que invade alguns tipos de glóbulos brancos, afetando o sistema imunológico do organismo do indivíduo. Assim, a pessoa torna-se mais suscetível a contrair doenças que, devido às defesas orgânicas enfraquecidas, podem levar ao óbito.
O HIV passa através do contato com sangue, sêmen, secreções vaginais e leite materno contaminados. Sendo assim, a transmissão pode ocorrer no sexo oral, vaginal e anal. Mães portadoras de HIV podem passar para seus bebês durante a gestação, parto ou amamentação. Pessoas portadoras do vírus que fazem o tratamento correto têm resultado negativo (HIV-) em seus exames de sangue, ou seja, não desenvolvem a AIDS e não transmitem o HIV adiante.
Febre Amarela
A Febre Amarela é uma doença causada pelo vírus de mesmo nome da família Flavivírus. A transmissão ocorre por intermédio de mosquitos infectados, normalmente da espécie Aedes Aegypti. Os sintomas inciam-se com o súbito de febre, calafrios, dores no corpo e náuseas. Em casos graves a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarela na pele, olhos ou membranas mucosas) hemorragia e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que atingem esse nível da doença morrem.
O tratamento é apenas sob hospitalização, onde o paciente deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em uma UTI, para reduzir as complicações e reduzir o risco de falecimento.
Há uma vacina segura e efetiva para a doença, sendo exigida por alguns países em viagens internacionais.
Dengue
Dengue é uma doença tropical causada pelo vírus da dengue, um arbovírus da família Flaviviridae, do gênero Flavivírus. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares, e uma erupção cutânea característica.
Em uma pequena porção dos casos, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica com risco de morte, resultando em sangramento , baixos níveis de plaquetas sanguíneas, extravasamento de plasma no sangue ou até diminuição da pressão arterial à níveis perigosamente baixos.
É transmitida por várias espécies de mosquito do gênero Aedes, principalmente o Aedes Aegypti. Como não há vacina disponível no mercado, a melhor forma de evitar a epidemia é a prevenção, através da redução ou destruição do habitat e da população de mosquitos transmissores e da limitação da exposição à picadas.
Hepatites virais
A hepatite é a inflamação do fígado, que pode ser viral ou causada pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelo vírus A, B e C. Existem ainda os vírus D e E, o último sendo mais frequente na Ásia e na África.
Normalmente, as hepatites virais são silenciosas, só aparecendo os sintomas quando a doença está em um estado mais avançado. Os sintomas incluem: febre, fraqueza, mal-estar, dor abdominal, enjoo, vômitos, perda de apetite, urina escura, icterícia e fezes esbranquiçadas.
A transmissão ocorre por contaminação sanguínea, ou seja, pelo uso compartilhado de materiais cortantes, como agulhas, aparelhos de barbear, alicate de unha, mas também pela ingestão de alimentos contaminados.