Cladograma

O que é? 

   Representação gráfica que possui como objetivo expor as relações de parentesco evolutivo entre os seres vivos, baseado no conceito da sistemática filogenética.


Como se lê?

     Na base, encontramos a raiz, que representa o ancestral comum de todos os táxons em estudo, após isso, encontramos algumas apomorfias (características únicas) de cada grupo. Nos nós, que representam ancestrais em comum, a linha evolutiva se bifurca, dando origem a dois caminhos, que no final nos dará todos os táxons atuais na extremidade da árvore, onde cada um apresentará suas características.   

O que são clados?

    São grupos representados por um ancestral comum e todos seus descendentes. Eles nos permitem conhecer melhor cada grupo/espécie. Não pertencem ao mesmo grupo monofiléticos (clados) os que não possuem o mesmo ancestral. Devem incluir todos os descendentes. 



História da Classificação dos Seres Vivos

    Platão foi o primeiro idealista da história, e o primeiro a registrar uma classificação dos seres vivos. Viveu em Atenas no século III antes de Cristo, estudou sob a tutela de Sócrates, compilando suas ideias e adotando seu método de concepção do conhecimento (a maiêutica).
    
    Platão acreditava na existência de dois mundos, o Hyperurânia, onde há as ideias das formas perfeitas, e o mundo sensível, onde reside o imperfeito, o que é real e pode ser tocado. No Hyperurânia, reconheceu as espécies, única categoria de classificação que é, de fato, natural.
Um século depois surgiu Aristóteles, que, contrapondo Platão, acreditava que só existia o real, um mundo. Escreveu ''Categorias'' e criou mais duas classificações taxológicas, o ''gênero'' e o ''reino''.
Muitos anos se passaram e apenas em 1735 Karl Von Linné voltou a falar sobre taxonomia dos seres vivos em geral. Escreveu ''Systema Naturae'', no qual criou mais quatro taxóns: família, ordem, classe e filo e criou as regras de nomenclatura.


Regra 1: o nome precisa ser binomial (ter no mínimo dois nomes), sendo que o primeiro corresponde ao gênero e o segundo à espécie. Caso haja um terceiro, corresponde à subespécie, e o quarto, à variedade.
Regra 2: a primeira letra do primeiro nome é sempre em letra maiúscula e dos demais em minúscula
Regra 3: Os nomes precisam ser em latim, ou latinizadas.
Regra 4: Se o nome for manuscrito, tem de ser sublinhado, e se for digitado, deve ficar em itálico 
Exemplo: Homo sapiens 
      Dessa forma, temos as principais categorias taxonômicas utilizadas até hoje, mas que não são concretas e imutáveis, e que possuem subdivisões, visto que são classificações artificias, que existem apenas para agrupar o conhecimento humano:
  • Reino
  • Filo
  • Classe
  • Ordem
  • Família
  • Gênero
  • Espécie











Espécie

Definição de espécie

    Espécie é um grupo de indivíduos semelhantes (no nível morfológico, funcional e bioquímico), idêntico ao cariótico (mesmo número de cromossomos), que vivem em uma mesma área geográfica, capazes de reproduzirem-se entre si naturalmente, originando descendentes férteis e que estão isolados reprodutivamente de outros grupos.

     No século XX, um geneticista ucraniano, Theodosius Dobzhansky e um geneticista Ernst Mayr definiram espécie como grupos de populações que, ao reproduzirem-se sexuadamente, compartilham informações genéticas e mantém um patrimônio genético comum. Isso explica o porque existem animais que, em condições naturais não se cruzam, e são ditos da mesma espécie, como um cachorro São Bernardo e um Chihuahua. Tais indivíduos podem trocar os genes por meio de cruzamentos inter-raciais, estabelecendo assim, um fluxo gênico entre eles, que confere unidade genética aos membros de uma espécie, já que em membros de espécies diferentes não ocorre troca de genes, como no caso da reprodução entre a égua e o jumento, que embora consigam gerar descendentes, estes não são férteis.

Espécies diferentes de tartarugas encontradas no Brasil


Surgimento de novas espécies


   Uma população é um grupo de organismos com características semelhantes que vivem em um mesmo habitat, em um mesmo tempo, com um certo grau de parentesco entre si, cruzando-se e produzindo descendentes férteis.

   Uma população pode se dispersar e passar a viver em habitats diferentes, separadas por uma barreira física denominada isolamento geográfico que impede a troca de genes entre elas, sofrendo por consequência, a pressão da seleção natural de forma diferente também, podendo ocorrer mutações. Assim, cada ambiente passa a selecionar as variações de cada grupo, que podem passar a constituir espécies ou subespécies diferentes, adaptados ao ambiente no qual se desenvolveram. Ao passar do tempo, as diferenças entre essas populações vão e acentuando até a instalação do isolamento reprodutivo e a formação de duas espécies.

    Caso os indivíduos das diferentes populações se encontrem antes do isolamento reprodutivo, eles ainda podem se cruzar e gerar descendentes férteis, mesmo com as grandes diferenças entre si, constituindo ainda, uma mesma espécie.

Vírus

Introdução

   Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, ou seja, precisam invadir uma célula viva para se reproduzirem, visto que não possuem metabolismo próprio. O termo vírus normalmente se refere àqueles que infectam células eucariotas, enquanto os que infectam células procariotas são denominados bacteriófagos. 

Estrutura dos vírus

     
     São acelulares, constituídos de um exterior proteico (capsídio) e material genético (DNA, RNA ou ambos). As proteínas que envolvem o vírus são específicas de cada variação, sendo essa variabilidade de proteínas que permite a cada vírus acesso à um tipo de célula diferente, e, consequentemente, responsável pelo leque de doenças virais que atingem organismos vivos. O conjunto capsídeo+ácido nucleico é chamado nucleocapsídio. 
   
   Alguns vírus também são formados por lipídeos derivados da membrana plasmática da célula hospedeira, criando um "envelope" em torno da estrutura proteica. Estes vírus são chamados envelopados.

Principais doenças virais

AIDS

    A AIDS (ou síndrome da imunodeficiência adquirida) é causada por um vírus de RNA chamado HIV, que invade alguns tipos de glóbulos brancos, afetando o sistema imunológico do  organismo do indivíduo. Assim, a pessoa torna-se mais suscetível a contrair doenças que, devido às defesas orgânicas enfraquecidas, podem levar ao óbito.
  O HIV passa através do contato com sangue, sêmen, secreções vaginais e leite materno contaminados. Sendo assim, a transmissão pode ocorrer  no sexo oral, vaginal e anal. Mães portadoras de HIV podem passar para seus bebês durante a gestação, parto ou amamentação. Pessoas portadoras do vírus que fazem o tratamento correto têm resultado negativo (HIV-) em seus exames de sangue, ou seja, não desenvolvem a AIDS e não transmitem o HIV adiante.


Febre Amarela

   A Febre Amarela é uma doença causada pelo vírus de mesmo nome da família Flavivírus. A transmissão ocorre por intermédio de mosquitos infectados, normalmente da espécie Aedes Aegypti.        Os sintomas inciam-se com o súbito de febre, calafrios, dores no corpo e náuseas. Em casos graves a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarela na pele, olhos ou membranas mucosas) hemorragia e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que atingem esse nível da doença morrem.
   O tratamento é apenas sob hospitalização, onde o paciente deve permanecer  em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em uma UTI, para reduzir as complicações e reduzir o risco de falecimento. 
   Há uma vacina segura e efetiva para a doença, sendo exigida por alguns países em viagens internacionais.

Dengue

    Dengue é uma doença tropical causada pelo vírus da dengue, um arbovírus da família Flaviviridae, do gênero Flavivírus. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e articulares, e uma erupção cutânea característica.
     Em uma pequena porção dos casos, a doença pode evoluir para a dengue hemorrágica com risco de morte, resultando em sangramento , baixos níveis de plaquetas sanguíneas, extravasamento de plasma no sangue ou até diminuição da pressão arterial à níveis perigosamente baixos.
      É transmitida por várias espécies de mosquito do gênero Aedes, principalmente o Aedes Aegypti. Como não há vacina disponível no mercado, a melhor forma de evitar a epidemia é a prevenção, através da redução ou destruição do habitat e da população de mosquitos transmissores e da limitação da exposição à picadas.

Hepatites virais

    A hepatite é a inflamação do fígado, que pode ser viral ou causada pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelo vírus A, B e C. Existem ainda os vírus D e E, o último sendo mais frequente na Ásia e na África.
     Normalmente, as hepatites virais são silenciosas, só aparecendo os sintomas quando a doença está em um estado mais avançado. Os sintomas incluem: febre, fraqueza, mal-estar, dor abdominal, enjoo, vômitos, perda de apetite, urina escura, icterícia e fezes esbranquiçadas. 
      A transmissão ocorre por contaminação sanguínea, ou seja, pelo uso compartilhado de materiais cortantes, como agulhas, aparelhos de barbear, alicate de unha, mas também pela ingestão de alimentos contaminados.

Alunos Antônia Naomi, Gabriela Volpi, Dal Bosco e Danny. Turma 202

História da Classificação dos Seres Vivos

    Platão foi o primeiro idealista da história, e o primeiro a registrar uma classificação dos seres vivos. Viveu em Atenas no século III...